terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Oh dúvida cruel!!!


Ontem precisei ir embora da fábrica um pouco mais cedo e depois de alguns momentos super proveitosos em casa com o Pedro cheguei a pensar na hipótese de mudar de profissão e me tornar mãe em tempo integral.

Sabe uma hora a mais do dia com ele, pude sentar no quartinho dele e fazer uma bagunça com seus brinquedos, dançamos, deixei ele por alguns momentos sem fralda (estava um calor absurdo aqui), coloquei-o no troninho (mas não adiantou nada e ele acabou fazendo xixi em cima do meu edredon KING num momento de descuido meu) , ele me ajudou com alguns afazeres da casa (do jeitinho dele, mas se achando super útil) e na verdade era útil, dei banho nele de pé no box do banheiro e o ensinei a segurar na parede, muito fofo, enfim muitos momentos que diariamente são tão corridos que me resta brincar um pouco, alimentá-lo a noite, dar banho e faze-lo dormir grudadinho em mim antes de ir pro berço.

Será que esses momentos ao lado dele não podem ser fundamentais para sua formação??? Sempre achei que não, pois quando estamos juntos tento suprir ao máximo suas necessidades e quando está com minha mãe, sei que ela demonstra todo carinho, amor e afeto por ele, as vezes até com mais paciência do que eu. Mas depois de ontem acho que senti falta disso, desses momentos que passam rápido demais e que talvez eu não tenha tempo nem oportunidade de revivê-los.

Por outro lado penso no meu dinamismo, no desenrolar dos meus dias na empresa, abandonar algo que me dedico há quase 15 anos em nome de ser uma mãe maravilhosa, que é quase impossível, afinal de contas o ideal não existe, tento o que é possível, ser uma boa mãe e cuidadosa, não ter meu dinheiro, não ser reconhecida, penso que tudo isso também não seria fácil.

Acho que por enquanto o melhor é deixar as coisas como estão, entendendo que não preciso tirar nota máxima em tudo, de que meu filho pode ficar em alguns momentos sem mim e que ele fica muito bem sob os cuidados de minha mãe (o que me tranquiliza muito). Sei que estou dando a ele o MEU melhor, que nem sempre significa quantidade e sim qualidade. Sei que posso conciliar as duas coisas, até porque tenho uma vantagem muito grande de trabalhar com meu pai e se um dia precisar faltar ou ir embora mais cedo (como já aconteceu) sei que não terei problemas. Todos os pais devem ter consciência de que não são TUDO! Somos importantes, precisamos estar próximos, mas sem dúvidas dá pra fazer isso trabalhando e no final nos sentimos ótimas sabendo que somos capazes, que tiramos de letra o trabalho e a educação dos filhos e o "cuidado" com o marido e a casa, como sempre digo, é desgastante, mas a recompensa supera o cansaço.

Beijos.

2 comentários:

  1. Giovana, acho que vc está passando pelo o que toda mamãe passa. Siga sempre seu coração, não desrespeite sua essância, pois isso sim, fará diferença para seu bebê. Se vc está se sentindo realmente bem ao trabalhar, isso lhe dá segurança e, consequentemente, traz segurança ao seu filho, sem dúvida. Eu trabalho em casa e a partir desta semana retornarei às minhas atividades, Pitoco vai entrar na creche e ficar lá pela manhã. Foi uma escolha minha super consciente, pois tinha certeza que me deixaria mais feliz e realizada. Mas minha profissão - tradutora - me permiet isso, o que nem sempre é possível para todas as mamães. Por isso, acredito que a gente deve fazer o que nos faz feliz de verdade, não nos desrespeitar para que não desrespeitemos os pequenos. Um beijão grande para vcs dois.

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  2. Ah linda obrigada, é exatamente assim que to tentando pensar, me conforta, bjssss

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