Nos últimos dias venho pensando de como nossa vida mudou depois que tivemos o Pedro e como continua mudando com o passar dos meses.
No começo não foi fácil, dedicação total a ele: troca de fraldas, acordadas noturnas, cólicas, adaptações e mil descobertas, assim falta tempo para momentos a dois, para o namorico descompromissado no sofá da sala, para o banho demorado a dois, para o papo gostoso sem hora pra acabar.
E o romance? Quando começa a pintar um clima, lá vem um chorinho que não dá pra ignorar e lá vamos nós, acalmar o pequenino, pra depois, quem sabe, tentar começar tudo de novo. Isso, se o cansaço permitir.
Surgem carências, disputas de afeto, vazios, necessidades não-satisfeitas. E aí, não tem jeito, só com muita conversa e coração aberto é que a gente dá conta de se reorganizar, descobrindo novos caminhos e novas possibilidades.
Não dá pra achar que vai ser possível levar a vida de antes, dedicar-se ao parceiro da mesma maneira, cultivar o relacionamento na mesma intensidade. Não dá!
Mas vale a pena parar pra pensar que diferente não é necessariamente pior, apenas diferente.
É necessário se libertar dos anseios passados e abrir-se a nova realidade, eu por exemplo no início tive uma certa dificuldade de "aceitar" essa nova realidade, mas percebi que aceitando-a e permitindo viver cada dia de uma vez as coisas fluem bem melhor.
Hoje vejo o quanto as coisas já mudaram, quantas coisas que há um ano atrás não havia possibilidade de realizar, hoje já estamos conseguindo fazer. Coisas simples como, começar e terminar um assunto sem ser interrompidos, almoçar sem um ter que levantar e depois comer comida fria (isso ainda acontece as vezes, mas com menos frequência), sair na sexta a noite pra tomar um choppinho, visitar amigos...
Enfim, com um pouco de paciência e tolerância, as coisas vão voltando ao normal, o bebê não será recém-nascido para sempre, nem terá um ano para sempre. Essa fase passa, mais depressa do que a gente imagina.
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